Para ser sincero, A Luz de Um Isqueiro me surpreendeu.
Primeiro por que quando lemos a sinopse encontrada na capa, uma imagem fixa-se
em nosso pensamento, porém a história aniquila as aparências. Além da louca
viajem criada por Roberta Grassi, o poder e (digo eu) o grande trunfo da
narrativa se encontra exatamente no ponto chave de qualquer livro: a escrita.
Diria melhor: a linguagem. O autor\personagem conversa conosco. Ele nos
instiga. Não houve sequer um único trecho do livro em que eu não o
compreendesse ou acreditasse no que ele sentia e pensava.
Escrever ficção é um ato genuíno
e deveras perigoso. Pode vir a existir um milhão de escritores num determinado
local do mundo, mas o trunfo da narrativa é que ninguém escreve igual a
ninguém. Existem as cópias fiéis e infiéis dos grandes Best-sellers, claro, mas há sempre um q a mais ou a menos. E deste
crime (copiar), Roberta Grassi não se condena. O que eu li, vi e senti foi
único, novo e instrutivo. Ela me arrancou incontáveis risos, me encantou e me
perturbou. Entrego a ela o meu nobre troféu de melhor Capítulo 1 do ano de 2015
(e olha que o ano começou agora...). Foi de arrasar.
Apaixonei-me por Bernardo e Eleonor (a heroína louca e jamais vista hahaha) S2
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